sábado, 4 de fevereiro de 2012

Era apenas para ser um desenho rascunho, e dele surgiu esse texto: Laços Imateriais.


Sempre gostei mais das heroínas que fogem do padrão.

Sempre gostei mais da Diana do que da Sheila, da Mulan do que da Bela Adormecida, da Jasmin do que da Ariel, da Bela do que Cinderela, da Jubileu do que a Jean Grey, da Mary Jane do que da Gwen Stacy.
Gosto mais até da menininha do primeiro filme de Nárnia do que da irmã (Lúcia e Susana Pevensie, respectivamente).
A atitude de transformar o mundo ao seu redor sempre me fascinou, como busca interna. Encontrar isso em outrem é magnífico.
Nunca quis ser um cavaleiro de armadura a resgatar uma princesa, hoje percebo que também nunca quis uma princesa.
Nem sapo, nem ogro, nem fera sou também. Me vejo como alguém que teve que ser tirado do seu conforto, e obrigado a ir pro campo de batalha. Aprendi a lutar levando muitos golpes e me machucando muito.
Algumas pessoas querem ser salvas, algumas pessoas querem socorrer.
Não quero nenhuma das duas coisas.
Não acredito em salvar ou ser socorrido, quem escolhe ser salvo é a própria pessoa, o máximo que se pode fazer é estender a mão e oferecer apoio, quem levanta é a pessoa.
Percebo que sou do tipo que gosta de trabalhar em conjunto, e não sozinho. Ao longo da jornada fiz muitas amizades, algumas das quais não penso em viver sem.
Algumas amizades femininas me ensinaram muito sobre como ser homem e a elas presto essa homenagem.
O mundo precisa de pessoas como vocês.

Dito isto, percebo que o tipo de companheira que procuro não é uma princesa querendo ser salva, ou uma guerreira machona, mas alguém que lute ao meu lado, por ter a mesma causa, o mesmo propósito, a mesma finalidade.
Por mais óbvio que seja, sempre é valido ressaltar: Laços criados entre pessoas com propósitos diferentes tendem a se romper, quando do contrário, restringe sua liberdade. Laços aqueles criados em campo de batalha são duradouros, são liberadores...

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