E ele nos pega quando estamos mais enfraquecidos, justamente no momento em que precisamos nos fortalecer, tal como uma doença que nos aflige quando nossas defesas estão baixas.
Curioso notar, é o fato de que estamos a tanto tempo doentes que já nos acostumamos, e achamos tudo esse mal que nos cerca normal e passamos a maior parte do tempo "olhando pro próprio umbigo".
Abandonar esta condição não é fácil, ainda mais quando não admitimos sua existência. Em nossa soberba, acreditamos que o mal é sempre exterior e nunca interior.
identificar o mal em si mesmo é questão de exercício, duro e cansativo exercício, tão duro que nos leva a acreditar que não há como vence-lo, o que na verdade é um sinal de que estamos cada vez mais próximo de doma-lo.
"O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem." li uma vez, e é o que todos devíamos tentar realizar no dia a dia.
Somos falhos, imperfeitos, no entanto, perfectíveis, ou seja, capazes de nos tornar perfeitos. Não devemos exigir transformações do próximo, pois cada um tem seu tempo, mas devemos exigir constantemente transformações de nós mesmos, sabendo que o tempo de cada existência é valioso demais para ser "desperdiçado com coisas que não importam com pessoas que importam"...
A dor no peito é insuportável, mas é essa mesma do que nos dá uma escolha: De continuar sofrendo ou de usa-la a seu favor, como motivação, pois se doí, algo está errado em si mesmo, e deve ser corrigido.
Há níveis diferentes de dores, cada um tem um tipo, que também deve ser respeitado. Para a pessoa, aquela é a maior dor do mundo e, de certa forma, está correta em dizer isso, pois é A SUA DOR. Alguns a combatem usando substancias químicas, outros com outros tipos de fugas materiais, no entanto são apenas ilusões... E só aumentam o mal...
Outros usam essa dor como forma de criação, escrevem, pintam, cantam, dançam.
Dizem que a tristeza é o combustível de alguns poetas, e talvez seja verdade.
A melhor coisa da dor, é que ela um dia passa, se a gente deixa de alimenta-la.
É isso o que nos devemos fazer...